G1/MA - O Maranhão fechou o 1º
trimestre de 2020 com 424 mil pessoas desempregadas. A taxa de desocupação no
estado foi de 16,1%, um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao trimestre
anterior, em que a taxa foi de 12,1%. Em números absolutos, a quantidade de
pessoas desocupadas no Maranhão aumentou em cerca de 100 mil, entre o 4°
trimestre de 2019 e o 1° trimestre de 2020.
Os dados são da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados, nessa
sexta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa do IBGE aponta,
ainda, que a taxa de desocupação das mulheres foi maior que a dos homens. No
Maranhão, a taxa para as mulheres foi de 18,7%, enquanto para os homens foi de
14,7%. No recorte feito sob o critério de cor/raça, as populações preta e parda
apresentaram números percentuais mais elevados que a população branca.
Subutilização da força de
trabalho
Quanto a taxa composta de
subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas,
subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho
potencial em relação a força de trabalho ampliada), no 1º trimestre de 2020, o
Maranhão teve a segunda maior taxa do Brasil, 41,9%. O estado só ficou atrás do
Piauí, que teve 45%. No Brasil, esse indicador apresentou taxa de 24,4%.
Dentro da composição
subutilização da força de trabalho estão os desalentados, e, no Maranhão, esse
número aumentou em relação ao trimestre anterior. No 1º trimestre de 2020, esse
número foi de cerca de 572 mil pessoas.
O percentual de desalentados
(total de desalentados sobre o total da população na força de trabalho e
desalentada), chegou, no Maranhão, no 1º trimestre de 2020, a 17,8%, bem maior
que a média Brasil, que foi de 4,3%.
Quanto ao percentual de
pessoas ocupadas no setor privado, mas sem carteira de trabalho assinada, no 1º
trimestre de 2020 o Maranhão tinha uma média de 51,6%. Houve uma diminuição em
relação ao 4º trimestre de 2019, no qual esse percentual era de 52,4%.
Em relação ao trabalho
doméstico, o percentual de empregados sem carteira de trabalho assinada no
estado foi de 89,7% no 1° trimestre de 2020, enquanto no trimestre anterior foi
de 87,3%.
Informalidade
No índice geral de
informalidade, o Maranhão teve o segundo maior percentual no ranking dos
estados (60,7%), ficando atrás apenas do Pará (61,4%). Os ocupados no Maranhão,
no 1° trimestre de 2020, totalizaram 1.354.000 na situação de informalidade.
Quanto a taxa de
contribuição previdenciária, do total de pessoas ocupadas no Maranhão, 62,2%
(1.375.000) não contribuíram no 1º trimestre de 2020 para instituto de
previdência. No Brasil, o percentual de ocupados não contribuintes de instituto
de previdência foi de 36,4%, formando um contingente de 33.799.000 pessoas.
Em relação aos trabalhadores
por conta própria, no Maranhão o percentual foi de 32,8%, gerando uma força de
trabalho nessa posição de 724 mil pessoas.
No Maranhão, do total de
pessoas desocupadas, isto é, que estavam desempregadas, mas que procuraram
emprego, no 1º trimestre de 2020, 30,3% estavam a procurar trabalho há dois
anos ou mais. Esses 30,3% representavam 129 mil pessoas.
Já o rendimento médio real
recebido pelas pessoas ocupadas, levando-se em conta todos os trabalhos, no
Maranhão, foi de R$1.409,00, o segundo pior montante do Brasil. Nessa
categoria, o Maranhão fica atrás apenas do Piauí, que teve montante de
R$1.401,00.
Trabalho formal
De um modo geral, o
trabalhador formal teve renda maior que o informal. Por exemplo, observando o
setor privado, o trabalhador com carteira de trabalho assinada teve, no 1°
trimestre de 2020, no Maranhão, uma renda praticamente superior em cerca de
100% ao rendimento do trabalhador sem carteira de trabalho assinada: R$1.616,00
e R$790,00, respectivamente.
A massa de rendimento real
proveniente de todos os trabalhos no Maranhão, no 1º trimestre de 2010,
alcançou a quantia de R$3,010 bilhões, sendo menor em R$80 milhões ao montante
alcançado no trimestre anterior, que foi de R$3,090 bilhões.
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