sábado, 16 de maio de 2020

MARANHÃO ENCERRA O 1° TRIMESTRE DE 2020 COM 424 MIL DESEMPREGADOS


G1/MA - O Maranhão fechou o 1º trimestre de 2020 com 424 mil pessoas desempregadas. A taxa de desocupação no estado foi de 16,1%, um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, em que a taxa foi de 12,1%. Em números absolutos, a quantidade de pessoas desocupadas no Maranhão aumentou em cerca de 100 mil, entre o 4° trimestre de 2019 e o 1° trimestre de 2020.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados, nessa sexta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa do IBGE aponta, ainda, que a taxa de desocupação das mulheres foi maior que a dos homens. No Maranhão, a taxa para as mulheres foi de 18,7%, enquanto para os homens foi de 14,7%. No recorte feito sob o critério de cor/raça, as populações preta e parda apresentaram números percentuais mais elevados que a população branca.

Subutilização da força de trabalho

Quanto a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada), no 1º trimestre de 2020, o Maranhão teve a segunda maior taxa do Brasil, 41,9%. O estado só ficou atrás do Piauí, que teve 45%. No Brasil, esse indicador apresentou taxa de 24,4%.

Dentro da composição subutilização da força de trabalho estão os desalentados, e, no Maranhão, esse número aumentou em relação ao trimestre anterior. No 1º trimestre de 2020, esse número foi de cerca de 572 mil pessoas.

O percentual de desalentados (total de desalentados sobre o total da população na força de trabalho e desalentada), chegou, no Maranhão, no 1º trimestre de 2020, a 17,8%, bem maior que a média Brasil, que foi de 4,3%.

Quanto ao percentual de pessoas ocupadas no setor privado, mas sem carteira de trabalho assinada, no 1º trimestre de 2020 o Maranhão tinha uma média de 51,6%. Houve uma diminuição em relação ao 4º trimestre de 2019, no qual esse percentual era de 52,4%.

Em relação ao trabalho doméstico, o percentual de empregados sem carteira de trabalho assinada no estado foi de 89,7% no 1° trimestre de 2020, enquanto no trimestre anterior foi de 87,3%.

Informalidade

No índice geral de informalidade, o Maranhão teve o segundo maior percentual no ranking dos estados (60,7%), ficando atrás apenas do Pará (61,4%). Os ocupados no Maranhão, no 1° trimestre de 2020, totalizaram 1.354.000 na situação de informalidade.

Quanto a taxa de contribuição previdenciária, do total de pessoas ocupadas no Maranhão, 62,2% (1.375.000) não contribuíram no 1º trimestre de 2020 para instituto de previdência. No Brasil, o percentual de ocupados não contribuintes de instituto de previdência foi de 36,4%, formando um contingente de 33.799.000 pessoas.

Em relação aos trabalhadores por conta própria, no Maranhão o percentual foi de 32,8%, gerando uma força de trabalho nessa posição de 724 mil pessoas.

No Maranhão, do total de pessoas desocupadas, isto é, que estavam desempregadas, mas que procuraram emprego, no 1º trimestre de 2020, 30,3% estavam a procurar trabalho há dois anos ou mais. Esses 30,3% representavam 129 mil pessoas.

Já o rendimento médio real recebido pelas pessoas ocupadas, levando-se em conta todos os trabalhos, no Maranhão, foi de R$1.409,00, o segundo pior montante do Brasil. Nessa categoria, o Maranhão fica atrás apenas do Piauí, que teve montante de R$1.401,00.


Trabalho formal
De um modo geral, o trabalhador formal teve renda maior que o informal. Por exemplo, observando o setor privado, o trabalhador com carteira de trabalho assinada teve, no 1° trimestre de 2020, no Maranhão, uma renda praticamente superior em cerca de 100% ao rendimento do trabalhador sem carteira de trabalho assinada: R$1.616,00 e R$790,00, respectivamente.

A massa de rendimento real proveniente de todos os trabalhos no Maranhão, no 1º trimestre de 2010, alcançou a quantia de R$3,010 bilhões, sendo menor em R$80 milhões ao montante alcançado no trimestre anterior, que foi de R$3,090 bilhões.


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