quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Santa Inês sedia primeira audiência pública sobre Política Florestal do Estado do Maranhão


A cidade Santa Inês foi a primeira a receber audiência pública sobre a revisão da Política Florestal do Estado do Maranhão. As atividades aconteceram no último dia 8, no auditório do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Campus Santa Inês.

O objetivo foi dar início às contribuições para a construção de propostas que serão inseridas na Minuta do Anteprojeto de Lei da Política Florestal do Estado, conforme redação aprovada pela Câmara Técnica de Florestas e Atividades Agrossilvipastoris do Conselho Estadual de Meio Ambiente.

Para Isabel Camizão, analista ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), essa primeira audiência mostrou o interesse da população em dialogar sobre o tema. “Diversos atores, desde sociedade civil organizada a instituições privadas deram sua contribuição. Alguns artigos que não constavam na norma receberam sugestões de serem incluídos. Estivemos captando informações para as próximas audiências públicas”, pontuou.

Estiveram presentes membros da sociedade civil organizada, profissionais, pesquisadores e estudantes dos ensinos médio e superior, além do setor privado e técnicos de órgãos públicos de cidades circunvizinhas.

“Essas audiências servem para gerar um diálogo apaziguador entre órgãos públicos e comunidades, e cabe ao poder público pacificar essas situações. Bom Jardim é uma cidade que possui aldeias indígenas, tem reserva de biodiversidade, tem o avanço da grande indústria na região sul, e também tem o pequeno e médio produtor, sobretudo da piscicultura. É preciso que haja a ação do município em parceria com o Governo do Estado e uma legislação forte, que permita gerar o alimento para as populações externas, mas que garanta que as gerações futuras ainda recebam uma boa herança ambiental”, afirmou Márcio Silva, assessor do gabinete civil da Prefeitura de Bom Jardim.

As atividades ocorreram durante o período da manhã, onde os componentes da mesa apresentaram a minuta do Anteprojeto de Lei, e logo depois receberam as contribuições para serem inseridas na norma. A diretora-geral do IFMA de Santa Inês, Elícia Silva de França, elogiou a iniciativa de realizar o diálogo com a população. “Ficamos muito felizes em receber essa audiência pública e desejamos que as próximas discussões possam acolher boas ideias, e que possamos realmente formular uma política que atenda à realidade e às necessidades da população quanto do meio ambiente”, afirmou.

Para Francisco Flávio “Cacimbão”, secretário de Meio Ambiente do município de Pedreiras, esse foi o momento para conscientizar vários segmentos. “Esse foi o momento de dialogar com todos os agricultores e criadores de gado do Médio Mearim do nosso Maranhão, para que eles possam ter consciência de que tem que preservar o meio ambiente”, frisou.

Adriano Barros Coutinho, engenheiro florestal da cidade de Balsas, falou sobre a relevância das realização dessas audiências. “Para mim, é um privilégio estar presente nesta primeira audiência pública. Vejo que é de suma importância a aprovação dessa lei, para a preservação da fauna, flora, e pretendo estar presente em todas as outras”, afirmou.

Cleomar Ferro, secretário de Meio Ambiente de Alto Alegre do Pindaré, viu o momento como uma oportunidade. “Uma audiência pública como essa sobre a Política Florestal do Estado do Maranhão é uma oportunidade que nós temos de contribuir com as políticas públicas florestais e um evento dessa grandeza oportuniza contribuições para sermos beneficiados.”

Além desta, serão realizadas outras cinco audiências. A próxima acontecerá no dia 21 deste mês, no município de Caxias, no Auditório do Centro de Estudos Superiores de Caxias (CESC), a partir das 8h. As demais audiências ocorrerão nas cidades de Imperatriz, Balsas e São Luís, com datas a definir.

Audiência Pública

É uma reunião pública, transparente e de ampla discussão entres os vários setores da sociedade e as autoridades públicas. O objetivo é fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de abertura de arena dialógica e a atuação conjunta entre a instituição e a comunidade, promovendo a participação social por meio de depoimentos de pessoas com experiência e autoridade, em suas várias vertentes.

O objetivo específico é, também, de esclarecer as questões técnicas, científicas, administrativas, políticas, econômicas e sociais envolvidas no caso que será apreciado, seja pela administração, pelo legislativo ou pelo judiciário. No entanto, quem toma as decisões é a autoridade, sendo a audiência um mero condicionante do processo decisório.


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