Na sessão plenária desta terça-feira (11), a
deputada Mical Damasceno (PSD) e os deputados Adelmo Soares (PSB),
Wellington do Curso (PSC) e Yglésio Moysés (PSB) discutiram a Lei
11.827/2022, que estabelece a obrigatoriedade de fixação de placas informativas
proibindo a discriminação em razão de orientação sexual ou identidade de
gênero.
Mical Damasceno (PSD) defendeu a revogação da lei. “Ela fere
os princípios cristãos e é maléfica às famílias. Chamo a atenção dos colegas
deputados e deputadas para que possamos derrubá-la”, disse Mical, que na
segunda-feira (10) protocolou, junto à Mesa Diretora, um PL propondo a
revogação da norma.
Adelmo Soares (PSB), autor do PL 539/2022, que originou a Lei
11.827/2022, esclareceu que o texto normativo trata tão somente da
fixação de uma placa de 50 centímetros quadrados.
“Eu só quero que tratemos a lei como deve ser tratada. Estão
misturando as coisas com o período eleitoral. O texto não cita banheiro em
nenhum momento. E discriminação, por si só, já é crime. É como, por exemplo, a
lei proibindo venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos. Todo mundo
sabe que não pode, mas a placa está lá, para frisar”, esclareceu o deputado.
Wellington do Curso (PSC) também se manifestou sobre a lei
durante a sessão. Ele afirmou ser a favor dos direitos humanos, mas disse
entender que a norma em questão deixou brecha.
“Por isso, apresentei uma proposição que altera essa lei,
pois nosso objetivo é garantir direitos iguais a todos. Proponho um dispositivo
que trata da ausência de banheiro multigênero, ou seja, não direcionando a um
público específico. Dessa maneira, não caracterizaria discriminação em razão de
orientação sexual ou identidade de gênero. Portanto, vedando a instalação e
adequação de banheiros, vestiários e assemelhados à modalidade unissex nos
espaços públicos, estabelecimentos comerciais e demais ambientes de trabalho”,
esclareceu Wellington.
Yglésio Moysés (PSB) disse que o Parlamento Estadual
deve se ater à discussão de questões importantes para o Maranhão e não a uma
lei que determina ou não a existência de banheiro. “O que devemos é tratar de
questões mais importantes, como a situação da Empresa Maranhense de Serviços
Hospitalares (EMSERH) que, ontem, fez o pagamento dos salários atrasados aos
servidores”, frisou. (Agência Assembleia)
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