MA 10 - As
gestantes e mulheres do estado do Rio de Janeiro que tiveram bebês há até 45
dias, que tenham comorbidades e tomaram a primeira dose da vacina contra a
covid-19 da AstraZeneca, poderão completar o esquema vacinal com a segunda dose
da Pfizer. A orientação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) foi enviada aos
92 municípios do estado.
O Ministério da Saúde suspendeu, no dia 11 de maio, a
vacinação com o imunizante da Oxford/AstraZeneca das gestantes e puérperas,
após orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na época,
apenas o grupo com comorbidades estava incluído no calendário de vacinação. A
suspensão ocorreu após o registro de um caso de óbito de gestante que recebeu a
vacina Oxford/AstraZeneca.
A segunda dose deve ser
aplicada 12 semanas após a primeira, tanto a da AstraZeneca, quanto a da
Pfizer. Segundo o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe, a decisão foi tomada
pela equipe técnica da secretaria em acordo com os municípios.
“A decisão do uso da vacina
Pfizer para completar o esquema vacinal de grávidas e puérperas foi pactuada
com o Cosems [Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de
Janeiro] e aprovada pelo grupo de apoio técnico da Secretaria de Saúde, formado
por infectologistas e epidemiologistas. É preciso que essas mulheres busquem os
postos de vacinação, no prazo orientado, pois a imunização só se faz efetiva
com as duas doses, como indicam os estudos”, disse.
A Secretaria de Saúde orientou
também que sejam vacinadas mães que estão amamentando, sem limite de idade para
os bebês. Esse grupo pode receber qualquer vacina disponível nos postos.
Calendário unificado
A secretaria publicou hoje
(1º) a terceira edição do Calendário Único de Vacinação contra a Covid-19, que
acelera as datas dos grupos por faixa etária. Agora, a previsão do término da
aplicação da primeira dose para quem tem 18 anos ou mais é até o fim de agosto.
Em julho, serão imunizadas as faixas de 54 a 35 anos e, em agosto, quem tem
entre 34 e 18 anos.
Segundo Alexandre Chieppe, é
importante que os municípios garantam dias de vacinação para quem não conseguiu
comparecer na data destinada à idade ou grupo prioritário.
“A gente quer garantir que
cada município siga os mesmos públicos prioritários. Neste momento estamos
avançando por idade. E que ninguém inclua qualquer outra população que não seja
a que está definida no calendário único de vacinação. Segundo, que se avance no
calendário respeitando alguns princípios, como a garantia de que quem perdeu a
sua data tenha a oportunidade de receber a dose depois”, explicou o secretário
de Saúde.
Ele frisou ser necessário
também buscar as pessoas que não voltaram para tomar a segunda dose, assim como
campanhas educativas para que toda a população seja imunizada.
“Depois a gente vai ter um
trabalho árduo de repescagem e convencimento das pessoas que não procuraram os
postos de vacinação por diversos motivos. Cada município vai ter que avaliar o
quantitativo de público-alvo, comparar com o percentual de vacinação para que
se defina estratégias conjuntas visando garantir a homogeneidade da vacinação e
que a população acima de 18 anos seja efetivamente vacinada”, explicou.
De acordo com Chieppe, o
estado do Rio tem capacidade de ampliar a vacinação diária e, caso as doses
cheguem com mais rapidez e em maior volume, o calendário pode ser acelerado
novamente.
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