terça-feira, 8 de dezembro de 2020

COVID-19: MARANHÃO NEGOCIA COMPRA DA CORONAVAC; DINO ACIONA STF PARA ADQUIRIR VACINAS

 


John Cutrim - Até agora nove estados e pelo menos quatro capitais já manifestaram interesse em aplicar a Coronavac, vacina que está sendo desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac. A data definida para o início da vacinação em São Paulo é 25 de janeiro de 2021.

Entre os estados que procuraram o governador João Doria pra acertar a compra e aplicação da Coronavac, estão o Maranhão, Bahia e o Ceará. Paraíba e Rio Grande do Sul também estão na lista de interessados pela Coronavac.

A lista de estados que negociam com o governo paulista a aquisição da Coronavac inclui também Acre, Pernambuco, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), informou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que os estados possam comprar vacinas contra a Covid-19 diretamente dos fabricantes. A ação judicial solicita, ainda, que as aquisições não dependam da validação dos imunizantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Ingressei ontem com ação judicial no Supremo. Objetivo é que estados possam adquirir diretamente vacinas contra o coronavírus autorizadas por Agências sanitárias dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e China. Com isso, estados poderão atuar, se governo federal não quiser“, disse.

De acordo com Flávio Dino, o objetivo da medida é permitir que “os estados possam entrar em cena”. “Não no sentido de sabotar o governo federal, mas de ter uma ação complementar à do governo federal, exatamente porque a situação é dramática. Nós estamos falando de 180 mil vidas, no mínimo, que foram perdidas. Estamos no limiar da chamada segunda onda. Então, é preciso ter senso de urgência e, por isso, essa providência junto ao Supremo”, declarou.

Para o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, o movimento é reação à fala de decisão em Brasília. “Diante da inação do governo federal, Estados agem no vácuo”, disse. Seu Estado, o Maranhão, é um dos que iniciou as conversas com SP.


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