Mais de 84 mil servidores públicos estaduais e municipais
receberam de forma irregular o auxílio emergencial no Maranhão. O benefício é
destinado a trabalhadores informais, desempregados, contribuintes individuais
do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e MEIs (Microempreendedores
Individuais), em razão da crise econômica causada pela pandemia do novo
coronavírus. Servidores públicos não têm direito ao auxílio.
Os dados foram divulgados pela CGU (Controladoria Geral da
União), nessa quinta-feira 18, e são relativos apenas ao mês de maio.
No total, segundo a CGU, esses funcionários públicos no
Maranhão receberam irregularmente exatos R$ 61.794.600,00. O valores que terão
de ser devolvidos aos cofres públicos.
A identificação de pagamentos indevidos, porém, ainda de
acordo com a CGU, não significa que os servidores tenham solicitado o auxílio
emergencial. Eles podem ter sido incluídos como beneficiários de forma
automática, por estarem legalmente no CadÚnico (Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal) ou serem beneficiários do Bolsa Família. Também há
a possibilidade de fraude cometida por terceiros.
Os resultados dos cruzamentos foram encaminhados aos órgãos
estaduais e municipais responsáveis pelas bases fornecidas à CGU para
tratamento, bem como ao Ministério da Cidadania, para tomada de decisões em
relação a eventual bloqueio ou suspensão de benefícios pagos a beneficiários
potencialmente não elegíveis. Identificado que o beneficiário não cumpre os
requisitos previstos em lei, haverá o bloqueio do pagamento das parcelas ainda
não liberadas. No entanto, caso o beneficiário não possua mais vínculo como
agente público, ele pode realizar a contestação desse bloqueio.
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