Governo Flávio Dino
autorizou abertura de “comércio familiar de pequeno porte”, mas nem seu
decreto, nem as prefeituras, regulamentaram esta autorização, resultando em um
“libera geral”, sobretudo no centro comercial de São Luís.
Marco Aurélio D'Eça - O que se viu na manhã desta
segunda-feira, 25, no centro comercial de São Luís foi uma festa popular,
espécie de comemoração pela volta ao normal no Maranhão, após a pandemia de
coronavírus.
Sem regulamentação, sem
conscientização e, principalmente, sem fiscalização, a autorização do governo
Flávio Dino (PCdoB) serviu como uma espécie de ‘libera geral”, levando todo
mundo para as ruas.
Na Rua Grande, na Cohab, no
João Paulo e, sobretudo, nos bairros mais afastados, diversas lojas – de
diversos ramos comerciais – abriram as portas sob a alegação de ser “empresa
familiar”.
No Decreto que determinou a
abertura, Flávio Dino repassou à própria população a responsabilidade de
fiscalizar e denunciar eventuais abusos.
Na rua Grande e nas suas
transversais, onde a maior parte das lojas é controlada por asiáticos, ficou
impossível saber quem era familiar e quem não era.
E como todos estavam no
mesmo barco, cada um fazia vista-grossa à atividade do outro.
Praias e parques lotados
O pior é que o libera-geral
começou bem antes do seu início oficial.
Já no sábado, 23, a avenida
Litorânea ficou lotada à noite, com pessoas em atividade físicas e até bares
abertos, sob a argumentação de atendimento em drive thru ou delivery.
A festa continuou domingo,
na Grande São Luís e no interior, com aglomerações festivas, jogos esportivos
em praça pública e movimentação intensa em parques e espaços de lazer.
Pela regra do governo,
caberia ao próprio cidadão fiscalizar e denunciar.
Mas o que poderia fazer
“dona Maria da esquina” diante de marmanjos aglomerados em um espaço na
Ilhinha, por exemplo?!?
E ainda é apenas o primeiro
dia do “libera geral”…
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