Ribamar
Corrêa, Repórter Tempo - Ao tentar relacionar as ações do
Governo do Maranhão com o que está acontecendo na Venezuela, numa provocação
sem pé nem cabeça ao governador Flávio Dino (PCdoB), o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) cometeu três erros políticos primários, que reafirmaram
o seu perfil cada vez mais nítido de mero criador de factoides em redes
sociais.
Primeiro, a relação do
Maranhão com a Venezuela não faz qualquer sentido, porque, antes de qualquer
ilação, os maranhenses são governados por um dirigente de esquerda e sob o mais
amplo conceito do estado democrático de direito, onde a liberdade de
manifestação do pensamento e de escolha é plena, com espaço para todos as
vertentes ideológicas, sem restrição. Ao contrário do presidente, que dado
todas as pistas de que tem ojeriza à democracia plena e que amarga a frustração
de o Brasil não estar sob uma ditadura, de preferência com ele na pele do
ditador. Perdeu tempo e errou feio na comparação.
Segundo, reafirma, com sua
declaração fora de jeito, alimentar posição contrária ao isolamento social como
a mais eficiente arma contra o alastramento do coronavírus no País. Por ele, no
Maranhão o comércio deveria estar funcionando a pleno vapor, as atividades
escolares – do jardim de infância à universidade – com o ano letivo em andamento,
e restaurantes, bares, casas noturnas e estádios de futebol com suas rotinas de
agitação. Mesmo que isso causasse a morte de milhares. “E daí?” Perdeu a
simpatia de muitos, reduzindo sua tropa de choque.
E terceiro, colocou,
finalmente, o governador Flávio Dino na linha de frente dos seus adversários,
reconhecendo, muito a contragosto, a eficiência do Governo do Maranhão e o
prestígio político do líder maranhense.
Alguém precisa lhe dizer que
São Luís não é Caracas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.