A Polícia Civil prendeu na
última sexta-feira (16), em Juiz de Fora, um homem de 33 anos suspeito de
estuprar, estrangular e esfaquear uma mulher em dezembro de 2014 na cidade de
Santa Quitéria, no Maranhão. O preso foi apresentado pela Polícia Civil nesta
segunda-feira (19).
De acordo com o delegado
Rafael Gomes, o suspeito estava foragido na cidade há pouco mais de de quatro
anos, tendo passado antes por locais como Teresópolis, no Rio de Janeiro, e
Sobral, no Ceará. Em Juiz de Fora, ele trabalhava como barman em um
estabelecimento no Bairro Alto dos Passos com carteira assinada há 8 meses.
Ainda segundo Rafael, na
última quinta-feira (15) a Polícia Civil do Maranhão entrou em contato
informando que havia possibilidade deste homem estar escondido na cidade. O
suspeito foi detido em casa, no Bairro Santa Luzia, onde mora com uma mulher e
com um filho de 4 anos. O delegado informou que o homem estava com as malas
prontas para seguir em fuga.
Crime
O crime ocorreu no dia 5 de
dezembro de 2014 em Santa Quitéria no Maranhão. De acordo com as investigações,
a vítima foi encontrada morta em um local afastado, próximo a um matagal, com
várias facadas e com corte no pescoço. No local, também foram encontrados uma
faca e um relógio.
Após a perícia e a
confirmação através do depoimento do suspeito, foi constatado que a mulher foi
estuprada, estrangulada e ainda esfaqueada 22 vezes.
De acordo com a Polícia
Civil, os dois mantinham uma relação de amizade e costumavam se encontrar para
fazer uso de drogas. O último encontro havia ocorrido na noite anterior, em 4
de dezembro, em um motel.
Imagens de câmeras de
vigilância do motel e depoimento de funcionários confirmaram para os
investigadores a presença do casal no local. As gravações mostraram que o
relógio encontrado no local do crime era o mesmo que o suspeito utilizava
naquela noite. Uma testemunha também confirmou a informação.
O homem disse, em
depoimento, que a motivação do crime teria sido o furto de uma quantia em
dinheiro que estava com ele pela vítima. O suspeito alega que após perceber o
furto, teria se descontrolado.
A versão oficial da Polícia
Civil do Maranhão, após investigações, aponta que o crime foi premeditado e a
justificativa seria a desconfiança de que a vítima era portadora de HIV. O
homem acreditava que a mulher o havia infectado.
O caso está sendo tratado
como homicídio qualificado ao invés de feminicídio. Segundo Rafael Gomes, a
justificativa é que a tipificação do crime de feminícidio só entrou em vigor em
2015, e o crime ocorreu anteriormente.
(G1/MA)
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