segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Foragido da Justiça do Maranhão por estupro e morte de mulher é preso em Juiz de Fora



A Polícia Civil prendeu na última sexta-feira (16), em Juiz de Fora, um homem de 33 anos suspeito de estuprar, estrangular e esfaquear uma mulher em dezembro de 2014 na cidade de Santa Quitéria, no Maranhão. O preso foi apresentado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (19).
De acordo com o delegado Rafael Gomes, o suspeito estava foragido na cidade há pouco mais de de quatro anos, tendo passado antes por locais como Teresópolis, no Rio de Janeiro, e Sobral, no Ceará. Em Juiz de Fora, ele trabalhava como barman em um estabelecimento no Bairro Alto dos Passos com carteira assinada há 8 meses.

Ainda segundo Rafael, na última quinta-feira (15) a Polícia Civil do Maranhão entrou em contato informando que havia possibilidade deste homem estar escondido na cidade. O suspeito foi detido em casa, no Bairro Santa Luzia, onde mora com uma mulher e com um filho de 4 anos. O delegado informou que o homem estava com as malas prontas para seguir em fuga.

Crime

O crime ocorreu no dia 5 de dezembro de 2014 em Santa Quitéria no Maranhão. De acordo com as investigações, a vítima foi encontrada morta em um local afastado, próximo a um matagal, com várias facadas e com corte no pescoço. No local, também foram encontrados uma faca e um relógio.

Após a perícia e a confirmação através do depoimento do suspeito, foi constatado que a mulher foi estuprada, estrangulada e ainda esfaqueada 22 vezes.

De acordo com a Polícia Civil, os dois mantinham uma relação de amizade e costumavam se encontrar para fazer uso de drogas. O último encontro havia ocorrido na noite anterior, em 4 de dezembro, em um motel.

Imagens de câmeras de vigilância do motel e depoimento de funcionários confirmaram para os investigadores a presença do casal no local. As gravações mostraram que o relógio encontrado no local do crime era o mesmo que o suspeito utilizava naquela noite. Uma testemunha também confirmou a informação.

O homem disse, em depoimento, que a motivação do crime teria sido o furto de uma quantia em dinheiro que estava com ele pela vítima. O suspeito alega que após perceber o furto, teria se descontrolado.

A versão oficial da Polícia Civil do Maranhão, após investigações, aponta que o crime foi premeditado e a justificativa seria a desconfiança de que a vítima era portadora de HIV. O homem acreditava que a mulher o havia infectado.

O caso está sendo tratado como homicídio qualificado ao invés de feminicídio. Segundo Rafael Gomes, a justificativa é que a tipificação do crime de feminícidio só entrou em vigor em 2015, e o crime ocorreu anteriormente.

(G1/MA)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.